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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Notas de Viagem 2: A chegada a Paris

Após 9 horas de viagem de Belo Horizonte a Lisboa, a bordo de um Air Bus A330, chegamos à capital portuguesa. O aeroporto lisboeta é enorme, é a porta de entrada para a Europa. Como tivemos um tempinho livre após as providências legais, demos uma voltinha pela área da Duty Free. Muitas lojas, muitos artigos, desde vinhos, perfumes a livros. Logo depois, tomamos um avião pequeno, indo em quase 3 horas de voo direto a Paris.

Chegamos cansados; após o traslado para o Novotel Paris Est, situado no bairro chamado Bagnolet, algumas dificuldades com a guia. Ela nos disse que o opcional à Tour Eiffel (subida à 2ª plataforma) estava cancelada. Ora, entendi que, como estava sendo ofertada essa parte, mesmo opcional, a empresa Special Tours deveria mantê-la, tendo um número suficiente de interessados. E outra dificuldade viria logo depois: ela não queria aceitar o pagamento dos opcionais via Travel Card. A pressão foi geral e fechamos questão; se ela não aceitasse o cartão, ninguém iria pagar em dinheiro vivo (vivíssimo, aliás, pois era em euros). Ela recuou em seu propósito.

Fizemos os passeios cobertos pela excursão e tomamos a iniciativa de fazermos nossos próprios programas no tempo livre. Assim, nos aventuramos pelos metrôs de Paris, muito eficientes, levando-nos a qualquer lugar sem dificuldades. A capital francesa é muito bonita e ainda quero voltar lá, uma vez que não deu tempo de ver todas as suas nuances.

O centro da capital gala não tem arranha-céus; há leis reguladoras para isso, mas também existe uma outra causa, estrutural. Quando Paris começou sua expansão, as pedras para a construção das casas foram tiradas do subsolo da cidade. Desta forma, são muitas as galerias subterrâneas e o solo, enfraquecido, não suportaria o peso de edifícios altos. Eles aparecem apenas fora do centro parisiense, num bairro chamado La Defense.

Como francês gosta de croissants! É quase uma instituição. O pãozinho francês é escuro e muito mais duro, mas o sabor não é dos piores. Não sei se é por causa da comida horrível que comem, mas os citadinos são muito mal-humorados, são mesmo famosos por isso.

O Castelo de Versailles, localizado na cidade do mesmo nome e que hoje é um subúrbio de Paris,  é um sonho, ou melhor, uma alucinação, uma grandiloquência do período monárquico de Luís XIV; que alucinação, entretanto! Não dá para descrever, tal a beleza do local. Tem jardins esplêndidos, bem cuidados. Aliás, Paris é muito bem cuidada, não existem monumentos pichados, não há lixo nas ruas. Os ônibus e metrôs funcionam rigorosamente dentro do horário. Champs Élysées são um boulevard imenso (quase dois quilômetros), repleto de lojas de griffe de ambos os lados. Louis Vuitton, Hugo Boss, Sephora, etc.

Tive de comprar uma bateria nova para minha câmara, na FNAC; lá se foram embora nada menos que 54 euros (muito caro!). Talvez para compensar, tomei um sorbet de maçã verde, uma delícia dos deuses. Na França há o glace e o sorbet; o primeiro, é feito com base em creme de leite, ovos; já o segundo é feito de xarope de açúcar e de polpa de frutas.

Descobrimos um bistrô à margem do Sena com um atendimento muito bom. O garçon é português, de nome Diego e nos atendeu muito bem. A guia nos disse que Paris é uma cidade com muita preocupação socialista. Como seria isso, se tudo se cobra e cobra-se muito caro? O custo de vida parisiense é muito alto.

Entretanto, existe uma Paris de ruas estreitas, cheias de agradáveis restaurantes, barezinhos, no Quartier Latin (Bairro Latino), edificado pelos romanos, quando estes tomaram a capital francesa. Lembrei-me de Asterix,  heroi das revistas em quadrinho, e de sua turma de irredutíveis gauleses lutando contra as hostes romanas de Júlio César. O chefe gaulês Vercingentórix realmente existiu.

Demos a sorte de, no domingo (dia 21/07), comemorar-se a Queda da Bastilha e por esse motivo assistimos a parte das festividades no Arco do Triunfo, construído por Napoleão Bonaparte. E a sorte nos favoreceu, pois já havíamos desistido de subir a Tour Eiffel: foi bem mais tranquilo fazê-lo naquele dia, quase não havia fila.

Bom, por hoje é só. Estas notas de viagem deveriam ter sido postadas durante a viagem e não depois dela, mas tive problemas com o google, que a qualquer tentativa de acesso reconhecia-me como alguém intruso e me solicitava um número de celular para mandar por ele uma nova senha de confirmação. Meu celular esteve inoperante por toda a viagem pela Europa.

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